sexta-feira, 19 de junho de 2015

Djavan sambou pagodeou



Vamos lá rapaziada. Essa coletânea instrumentalmente falando é boa sim! li algumas críticas ao trabalho e algumas com pitadas de preconceito. E o pior é que nos comentários a corrente preconceituosa aumenta. Chamando pejorativamente os participantes da coletânea de pagodeiros (são sim e com muita honra). Daí como Arlindo Cruz é o mais respeitado e considerado sambista nato o tal crítico faz exceção a sua participação. 

O que acontece é que as músicas foram gravadas na levada do samba/pagode sim, imprimindo outra cara , queriam o quê ? que as regravações soassem identicamente como Djavan, ué se fosse assim, para fazer mais do mesmo, melhor seria não gravar. 

Agora que tem bons momentos e outros ruins eu concordo, mas basicamente o CD é nota 7,5. Na década de 90 era comum os pagodeiros cantarem Djavan, tanto que o grupo Soweto por exemplo, tem esse nome justamente por uma música do compositor alagoano. Depois temos vários exemplos de regravações anteriores como Sina e Eu Te Devoro pelo Revelação, Avião com Pé de Moleque, Lambada de Serpente com Belo, Muito Obrigado com Grupo JB Samba, Fato Consumado com Turma do Pagode e devem ter outros que não me vieram na memória. Uma vez Djavan foi perguntado sobre essa influência das suas musicas nos pagodeiros dos anos 90. Ele foi simples e categórico: “não reconheço nenhuma influência não”.


Bom voltando para a coletânea, nela cantam Leandro Sapucahy, Arlindo Cruz, Rogê, Gustavo Lins, Gabriel Moura, Luiz Claudio Picolé, Rodriguinho, Charlles André, Paulo e Jorge Santana (Malacacheta), Péricles (Exaltasamba), Xande de Pilares (Revelação), Bruno (Sorriso Maroto), Renan (Compromisso Certo), Liomar (Pique Novo), Anderson (Molejo) e Renatinho (Boka Loka).

Gravado em 2010 pela gravadora Performance, traz algumas  obviedades que a maioria dos pagodeiros já tocou em rodas e palcos da vida, como Flor de Liz, Avião, Sina, Fato Consumado , Capim, Aquele Um e Serrado. Não estou discutindo aqui se as versões são melhores, em minha opinião, no geral, quase nenhuma “nova roupagem” alcança o brilho da original. Acho que nesse quesito somente os Song Books do Almir Chediak chegavam próximos a perfeição.  Seja nesse trabalho ou em outros, o importante é  homenagear o artista em si. 

Mas é um CD interessante de se ouvir, principalmente se o ouvinte se desnudar de preconceitos e tentar entender o contexto. Se por exemplo Paralamas do Sucesso regravar Djavan, vão imprimir sua cara (e boa parte  dos “críticos” vão bater palmas).  Se um pagodeiro como Péricles do Exaltasamba regrava, “nossa ficou meloso, tipo um pagode romântico”, entendam é o estilo samba que a grande mídia costumou chamar de pagode (outra discussão sem fim).

Mas   tudo bem,  nem vou entrar na discussão, porque o Djavan é um artista de primeira grandeza o qual eu gosto muito. Não vou destacar nenhuma faixa, porque realmente é bem diversificado, todas as faixas, são boas aqui e ali, dizer algo ao contrário seria entrar em contradição e desconsiderar o Djavan compositor.  


http://www.mediafire.com/download/9x3xjlzoj5jllfk/Do+Samba+Para+Djavan+-+2010+by+tchelo.rar





terça-feira, 16 de junho de 2015

Regravações não param! agora o Volume 10



Sem muitas delongas, o volume 10 das regravações esta nota dez!!! e... não para! Como já é tradição, várias novidades, coisas conhecidas etc. e tal. Nessa coletânea de 29 faixas de sambas e pagodes regravados, vamos aos destaques. Quem é pagodeiro conhece a música Ventos dos Areais do grupo Soweto, mas já ouviu ela regravada? ficou muito boa na interpretação do grupo Tom de Liberdade. A faixa Chegamos ao Fim em três versões! as mais conhecidas com o Exalta e Arlindo Cruz e uma versão garimpada da cantora Micheline Cardoso. Os Originais do Samba sempre fazem umas regravações, quando não são eles que gravam primeiro e a música acaba estourando com outros cantores e grupos. Nesse caso foi regravação mesmo, a clássica Trem das Onze do grupo pra lá de paulistano, Demônios da Garoa. Uma música pouco conhecida, Meu Erro é Você com os  grupos Da Melhor Qualidade e Puramor. A faixa Vício, sucesso na voz do Belo foi gravada também pelo grupo carioca 100%. E tem a bela Timidez na linda voz de Cleber Augusto na época do Fundo de Quintal e também com os grupos Gana e Batuque na Cozinha. E outras musicas mais, como Natural, Quitandeiro,  Um Beijo, Meu Laia Raia, Carente de Paz, O Sol e a Brisa e Coisa Boa Demais.

Clique na capa e "reescute"

http://minhateca.com.br/celo.sc/Pagode+e+Samba/Pagode+e+samba+Regrava*c3*a7*c3*b5es+volume+10+by+tchelo,633221602.rar(archive)


                                           Abaixo clique e veja o repertório

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Esses pagodeiros, brilharam colorido nos palcos



O Grupo A Nova Cor do Samba foi formado em 1988, lá pelos lados do Bom Retiro, Zona Norte de São Paulo.  A batucada rolava sem pretensões, mas foi juntando gente e decidiram formar um grupo. Já em 1991 começaram a ganhar nome com apresentações na sede do Corinthians que ficava nesse mesmo bairro. 
E as portas das melhores casas de samba de São Paulo foram aos poucos se abrindo para o grupo, tais como Radar Paulista, Lambar, Dançar, Refinaria, Overnight, Barracão de Zinco, Dorment´s Bar, Polo, Flor de Liz, Alpendre, Consulado da Cerveja, Taberna, Bar Avenida, Centrão, Valles Sports Bar e outros mais.
Os meninos foram ganhando seu espaço e aos poucos conquistaram seu público. Uma das domingueiras mais famosas era a do Mistura Brasileira em Santana e adivinhem quem era o grupo da casa?

Em 1993/1994 através do evento chamado FIMTUR (Feira Interestadual Móvel de Turismo) o grupo conseguiu se apresentar em várias cidades, Ribeirão Preto, Curitiba, Londrina, Porto Alegre, Florianópolis, Joinville, São José dos Campos, Campinas, Santos...

Uma dos momentos marcantes do grupo eram as performances de palco, com danças, imitações, figurinos e brincadeiras que contagiavam o público. Além de tocar o pagode, tocavam também um pouco de axé music, charme e MPB (tudo isso com uma roupagem batuqueira).

Em 1995 lançaram o primeiro trabalho solo, intitulado Estou Chegando Pra Ficar pela gravadora Chic Show/Five Star. A produção foi de Bira Hawai e continha músicas compostas por vários feras, como Arlindo Cruz, Lourenço, Ronaldo Barcellos, Marquinho PQD, Helinho do Salgueiro, Moisés Santiago, Carica, Prateado, Marcelo Lombardo e outros....

Com o sucesso nas rádios e a popularidade, o grupo se apresentou em programas de TV como Mulheres, Raul Gil , Ana Maria Braga e saiu em revistas como a Ginga Brasil, Show Business e até em uma matéria na Folha de S. Paulo (aqui).

O grupo ainda lançou em 1997 as faixas Nosso Hino e Jeito Sedutor  na coletânea Transpagode  da Transcontinetal FM. Nesse mesmo ano os integrantes Banana, Ronald e Carlão saem para formar a banda Os Vagabundos que fez muito sucesso com a música Relaxa (do grudendo refrão Relaxa Senão Não Encaixa).

Em comparação a atualidade, onde os “grupos” tem as vezes três integrantes, o A Nova Cor do Samba era bem numeroso, dez integrantes. Betão (violão), Carlão “Tio Chico Adams” (baixo), Cristiano (banjo), Fernando “Anjinho” (teclados), Junior (repique e tantã), Marco “Baco” (voz e cavaco), Névio (percussão geral), Rodrigo “Aiaiai” (surdo), Rogério “Banana” (bateria) e Ronald “Dino” (pandeiro). 

O grupo voltou com novos componentes em 2015 e andou se apresentando, no mês de Abril, na feijoada com pagode do Boteco Floresta no Club Esperia em Santana.

Clique na capa e curta

http://minhateca.com.br/celo.sc/Pagode+e+Samba/A+Nova+Cor+do+Samba+-+Estou+Chegando+Pra+Ficar+1995+-+by+Tchelo,615141923.rar(archive)